Lula recebe Nicolás Maduro nesta segunda-feira
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe hoje, segunda-feira (29), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, no Palácio do Planalto. A programação inclui uma reunião privada entre os líderes às 10h30, seguida por uma reunião ampliada às 11h30 e uma cerimônia de assinatura de acordos às 12h30. Após a cerimônia, haverá um almoço às 13h30.
Maduro chegou a Brasília no domingo à noite, acompanhado de sua esposa, Cilia Flores, para participar do encontro de presidentes de países sul-americanos, que ocorrerá na terça-feira (30). Nas redes sociais, o presidente venezuelano agradeceu a “calorosa recepção” e mencionou o desenvolvimento de uma agenda diplomática que fortaleça a união dos povos do continente.
O encontro entre Lula e Maduro marca a retomada das relações entre Brasil e Venezuela. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, os dois líderes devem avançar no processo de “normalização das relações bilaterais”, incluindo a reabertura das embaixadas e consulados.
Durante a reunião, os presidentes também discutirão os resultados da recente missão multidisciplinar à capital venezuelana, organizada pela Agência Brasileira de Cooperação e que contou com a participação de representantes de mais de 20 órgãos governamentais brasileiros. Será dada atenção especial aos temas fronteiriços, com foco na proteção das populações que vivem nessa região, incluindo os povos Yanomami.
Além disso, os chefes de Estado abordarão assuntos da agenda regional, como a integração sul-americana e a cooperação amazônica, bem como questões multilaterais relacionadas à paz, segurança e mudança climática.
Em relação ao comércio, dados do governo brasileiro mostram que o comércio bilateral com a Venezuela atingiu cerca de US$ 1,7 bilhão em 2022, com exportações brasileiras de US$ 1,3 bilhão e importações de quase US$ 400 milhões. Em 2013, o intercâmbio entre os dois países atingiu US$ 6 bilhões, o que demonstra o potencial da relação e a necessidade de aprofundar o diálogo visando retomar as parcerias econômicas, promover a complementaridade das cadeias produtivas e remover obstáculos ao comércio.
